quinta-feira, 30 de outubro de 2008

POST 24: Chico Bento e o novo acordo ortográfico.


Créditos:
Desenhos: turma da mônica - Maurício de Sousa
Roteiro: Daniel Benjamin de Oliveira



O presente trabalho, apresenta por meio de uma recriação da HQ de Chico Bento, originalmente de autoria de Maurício de Sousa, uma situação de ensino-aprendizagem em sala de aula.

No exemplo é discutido um tema atual que é o acordo ortográfico que passará a viger a partir de 01 de Janeiro de 2009 e provocará alterações no português escrito no Brasil. O acordo tem por objetivo minimizar as diferenças ortográficas existentes nos países que tem a língua portuguesa como idioma oficial. Fazem parte da lista de paises de língua portuguesa: Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor Leste.

Segundo o respeitado professor e autor de livros didáticos, Douglas Tufano, em uma recente publicação dedicada ao tema, o acordo é necessário, porém ainda insuficiente pois não elimina todas diferenças no português utilizado nos vários países.

“Esse Acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua escrita,não afetando nenhum aspecto da língua falada. Ele não elimina todas as diferenças ortográficas observadas nos países que têm a língua portuguesa como idioma oficial, mas é um passo em direção à pretendida unificação ortográfica desses países”

(TUFANO, 2008, p. 3 - 4)

Na Historia em Quadrinhos, recriada com o objetivo de abordar o tema, temos a situação onde o aluno Chico Bento bem informado sobre o assunto, se posiciona criticamente com relação a essa reforma ortográfica. Chico apresenta pequenas mudanças que o afetarão diretamente em sua vida no campo. Daí a utilização de exemplos como as palavras Jibóia - Jiboia (réptil de presença recorrente em áreas rurais) e Geléia - Geleia (alimento doce que de modo geral agrada as crianças). Além desses exemplos, a HQ apresenta a inclusão de três novas letras em nosso alfabeto e finaliza citando o fim da utilização do trema.

É importante ressaltar que a história recriada trata-se de uma livre adaptação e assim não se prende às características da obra original. E desse modo, o jovem Chico Bento pode ter a postura crítica já mencionada o que não ocorre originalmente com o personagem.



Referências Bibliográficas:





domingo, 14 de setembro de 2008





O BEIJO


Se eu fosse falar de beijo
falaria primeiro do olhar.
de olhos nos olhos
olhos na boca
boca seca

Se eu fosse falar de beijo
falaria também
das águas do corpo
no desejo

Se eu fosse falar de beijo
falaria das mãos
da pele
dos lábios
da língua
da saliva

Se eu fosse falar de beijo
falaria de emoção
de toque leveza
atrevimento
loucura paixão!

Se eu fosse falar de beijo
falaria de sabor
de você em mim

Se eu fosse
falar de beijo

Não falava
beijava.

Neli Vieira

(poema e ilustração publicados por Selmo Vasconcelos )
***
Selmo:
Honrado em publicá-lo ( la ) na minha página literária http://orebate-selmovasconcellos.blogspot.com . aguardo comentário, abraços fraternos.


quinta-feira, 7 de agosto de 2008

POST 23

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Post 22: A rosa e o Beija


Título da foto: "Flowers in sunset" / AUTOR: Amos Struck www.sxc.hu

A rosa e o Beija (Canção de Despedida)

Passarim bateu asas
Passarim voou
Alçou vôo, rumou...
Foi-se então o Beija
e a Rosa ficou.

texto: Daniel Oliveira

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Post 21: No canto


Foto e poema de Neli Vieira
(foto- praia grande litoral de SP -Poema do livro)
LONGOS POEMAS PARA NOITES DE INSÔNIA

sábado, 5 de abril de 2008

Post 20: Mundo Cão (homenagem a Kafka)


arte: Peter Kuper www.peterkuper.com

Um inseto acordou um dia e viu que tinha se transformado num monstruoso ser humano. Estava em um beco imundo e mal iluminado. Ele tentou rastejar, mas foi impedido logo no primeiro momento, ferindo-se na mão com alguma das porcarias espalhadas pelo lugar.
Durante horas permaneceu ali acuado observando o líquido vermelho e viscoso que saia de sua mão e aos poucos respingava, misturando-se à imundície.
Ao ouvir o zunir de uma mosca perto de si, instintivamente apressou-se em esmagá-la. O ex-inseto surpreendeu-se com seu primeiro pensamento, ele enfim tomava consciência de que tornara-se o grande predador que outrora temia.
De início condoeu-se pelo assassinato de um próximo, mas logo que percebeu que poderia ficar sobre suas duas pernas, esqueceu-se completamente do episódio anterior.
Com dificuldade caminhou e já adquiria alguma prática quando foi ouvido um disparo:

- O que está fazendo aí? [perguntou o atirador]

O pobre diabo foi atingido nas costas e caiu para nunca mais levantar.

Com poucas horas o ex-inseto sucumbiu por simples inaptidão para sua nova condição. Seu último pensamento foi considerar que em tão pouco tempo já havia se corrompido e como monstro-homem já havia matado e agora como um castigo fora entregue à mesma sorte.
O desgraçado ser metamorfoseado não suportou nem mesmo a um dia interio nesse novo corpo, não sobreviveu a esse mundo cão.

Daniel Oliveira




sábado, 8 de março de 2008

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Post 18 - Maldita palavra


Poema criado durante o Sarau 'Malditos'
na Casa da palavra (espaço cultural de Santo André)




Palavra


Quero uma palavra

uma maldita palavra

para livrar-me desta tortura

desta dor cruel - nua

maldita palavra

que espante este corvo

e liberte as serpentes

que dançam no meu estômago

única e maldita palavra

que escarre essa morte lenta

de dentro

nada mais

nada

nada.


(Do livro -A profundidade do degrau- Neli Vieira)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Post 17: O homem que não sabia viver

Estava prestes a completar meus 60 anos. Em apenas uma noite esse fato iria se consumar.
Tinha ido me deitar na expectativa de amanhecer já com a nova idade. Durante toda a noite me mexi de um lado ao outro sem conseguir pegar no sono. Como não conseguia dormir, comecei a me lembrar da juventude, lembrei do que nao tive. Entendi que passei toda a vida em busca do sucesso e do dinheiro.

[um sorriso triste se esboçou no rosto desse, em breve, sexagenário]

É, acho que consegui, tenho respeito, sucesso, dinheiro...
E a noite lá fora era cada vez mais escura e parecia não acabar. Não dormia! Algo em mim fervilhava e acontecia um não sei. O que sei é que o sono não veio e jamais acordei.


Daniel Oliveira

sábado, 12 de janeiro de 2008

Post 16 - RESTO-


Foto e poema de Neli Vieira

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Post 15: Mi corazón

*

O coração que está aqui dentro, apenas bate em mim.
Mas há tempos não é meu!

Daniel Oliveira




*lamentavelmente não tenho os créditos da imagem