domingo, 11 de novembro de 2007

Post 11: Exposição LAVRA PALAVRA



LAVRA PALAVRA

Exposição INI
Uma linguagem internacional de cores, poesias e símbolos

INI: internacional, novo, infinitesimal.
NOVO: criação, poesia e obra
INFINITESIMAL: técnica digital e suporte que vai desde o infinitamente grande ao menor.

LAVRA PALAVRA: Projeto desenvolvido com fotos e poemas da Escola Livre de Literatura / Casa da Palavra. Trabalhos em técnica digital, ?????

· Neli Vieira

Artista plástica, escritora, participante da Escola Livre de Literatura

Últimas exposições:

Museu do KEMI, Finlândia
Ricoleta, Buenos Aires, Argentina
Museu da Arte Moderna, Pescada, Itália
EXPOSIÇÃO REALIZADA ESPECIALMENTE PARA A ABERTURA DO ARTE DA CIDADE 2007
casa da palavra – escola livre de literatura nov / dez 2007
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(outra moldura e /ou )
Licença

Peço licença para uma tempestade, como nomeou Mônica Rodrigues. A tempestade veio, grossa, de uma das mil conversas, análises, trocas, embates, in persona, mas sobretudo e no quase-todo,virtuais: via livreliteraturagrupos, estudossurrealistasgrupos, criacaoliterariagrupos, livrocasagrupos, oralidadepoeticagrupos, seminariosavancadosgrupos e o recente http://casadapalavra.cjb.net/. Redes e mais redes, tessituras, teias.
Tanto, que o LAVRA PALAVRA também nasceu daí, em um dia e meio.
Contas sem conta
escolhemos fragmentos da citada tempestade, cuidando para que esta casa e seus grupos fortaleçam até o impossível sua atitude concreta e poi- ética, em favor do restauro, mesmo, dos sentidos da coisa pública.
A Tempestade, fragmentos cheios de primeiras intenções
O que fizemos da ELL e da Casa da Palavra em 2005 ? Uma revolução (revolução vem do latim revolutio: trazer à tona o que está embaixo, girar, remover, transformar, querer de novo, voltar a querer). O que já temos em 2007 ? Além do que está em cada um de nós e em todos e que cada um sabe o que é, temos:
gestão participativa via conselho gestor e comissão municipal de letras e literatura, conforme programa de governo;
vozes próprias, maloqueiristas, casulos, tabas de corumbés, cigarras, tesinhos e tesões, lagartixas pretasvários autores premiados ...
muitos estudantes e suas escolas no casa -tour, bela e amorosa experiência bolada pelo zeca, em união com escritores da ELL e voluntários contadores
piano e poesia ao pôr do sol maior, às 5as fas, 18h30os conchas
parcerias e invasões de espaço: CRJ, Cineclube, Procom, Arte da cidade- Núcleo de Literatura Popular /CESA Jardim Santo André, ARCO, SEMASA, FIP e o possível FLLA, na Vila do mar visto de onde (segundo a Jurema, a Casa da Palavra agora é itinerante. Mais: a ELL agora é descentralizada)
O que sonhamos fazer? Em ocasiões públicas festivas, impregnar todos - a cidade merece-, de uma ação poética plena de êxtase, amor, utopias e milagres. Impregnar a praça, as ruas, a casa, a concha, os conchas, as lojas e os bares com cortejos quixotescos, sob as mil luas de marshmelow de prata espetadas na torre da igreja do Gerber, dentro dos vasos comunicantes dos Willerianos surrealistas, com a voz doce da brava Carol e o coro uníssono, polissêmico, reverente e irreverente dos pivianos órficos e reichianos todos, as espadas de mel da Vanessa De l' Ange, a cortesia e a pulsação incontidas do José Carlos, o coração do Adalberto, o sorriso da Zélia, as queixas e dengos da Clau, as chaves no país da Alice, as buzinas do Marcos, as asas cibernéticas e poéticas da Jobarranova, o ser fundamental da Conceição, a criancice da Jully, as dispensas cheias de guloseimas da Lara, a ameixeira de Rosana e o re- nascimento da árvore e da poesia, as tribunas de Arsitides Theodoro de Curiapeba, a era do rádio da Edna, as bochechas febris do Helinho, a contra-cultura cidadã do Zhô, o poder dos menores frascos da Jurema, as sonoras impulsões poéticas do Edson Bueno, os baús dos Bedeschi – Camargo e do mascote da ELL André, o visonário, ah! com a casa da conversa de mais um mascote, o Pietro; a esperança vermelha e as bodas de e do Blanco de Darwin, a soma com Adilson, o belo, o susto de Juliana, a bela, o heróico Alderico encostado no piano da Fabiana, o conto erótico-lírico da Jac menina, o Caio de ponta – cabeça, os tambores (internos e externos) da Nayê e Sapo, o cântico dos cânticos da Deise in lingerie, a poesia grandiosa e sempre disponível do Jorge, o susto de Rodrigo, a sorte da Marianinha e o amor de Piva por ela, a poesia barítona do Leandro, do antigo(sic!) OULIPO, vide Silvia e Marcos, as bandeiras da Maria José, símbolo dos mais de 800 que passaram pelos seminários do Lísias, a inquietude da Débora, os fatos poéticos do João, os pã, pã, pã do Paulinho, que Vanessa Maga viu, sentiu e trouxe do Piano e Poesia, a bem - aventurança de Fernando, vindo também via maga, as santas aparições de Odete e Ângela, os afetos e o charme da Lilian, os sonhos do Quixote e da Neli, a multi-artista desta exposição, a sábia e calma (hum?) Milena, os desejos loucos da enxaqueca's girl Pat, as visões encantatórias da Laurentino e da Mábia, performer ativista e piercianista (de piercing e não do Peirce, o semiólogo), a bela rebeldia da Elise, os Strawberry Fields da Hilda, Clarice, Gonçalo T, Derrida, Morin, Baudrillard, Coetzee, Woolf, Raul, H.Helder, Faulkner, Rosa, Machado, Leminski, Euclides, Rulfo, Cardenal, Craveirinha, Lacan, Pepetela, Sophia de M Breyner, Gerber, etc etc & Nietzsche, forever, 'se eu morrer não chore não, é só a lua’', os causos e blog da Tia Fia, os passos sensuais e a bênção do eterno Pafundi, único pai. E tantos mais, e tantos virão ...
Dos últimos, só pensando em Caio Fernando Abreu: creio que a glória de si mesmo
(descendo ou não aos infernos, ninguém nasceu para rastejar ou morrer, e muito menos para abrir mão de desejar e desejar o impossível)
está na criação, no ser-arte. Foi–se o tempo da mimesis, da praxis. Faz-se hora da poiesis.
Criemos.
A poesia é conhecimento, salvação, poder, abandono. Operação capaz de transformar o mundo, a atividade poética é revolucionária por natureza; exercício espiritual, é um método de libertação interior. A poesia revela este mundo; cria outro. Pão dos eleitos; alimento maldito. Isola; une. Convite à viagem; regresso à terra natal. Inspiração, respiração, exercício muscular. Súplica ao vazio, diálogo com a ausência, é alimentada pelo tédio, pela angústia e pelo desespero. Oração, litania, epifania, presença. Exorcismo, conjuro, magia. Sublimação, compensação, condensação do inconsciente. Expressão histórica de raças, nações, classes. Nega a história, em seu seio resolvem-se todos os conflitos objetivos e o homem adquire, afinal, a consciência de ser algo mais que passagem. – O Arco e a Lira, Octavio Paz
assim seja
Beth Brait Alvim
assessora de letras e literatura
coordenadora da casa da paalvra
escola livre de literatura de Santo André

Mostra virtual no blog www.arteneli.nafoto.net

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