sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Post 9 Cartas para ninguém ( I )



cartas para ninguém (I)



Santo André 19/09/06


Olá


São 20.00 horas, estou na aula do Willer.Não é hora nem local para te escrever: porém não resisto.Ele está lendo Rimbaud ‘Iluminuras’e sei o quanto você gosta disso.
Estou aqui e com você ao mesmo tempo, estou nas imagens maravilhosas, na porta que bate, nos meninos e vitrais, nos botecos e mansões, na rua suja, no arco-íris, no sangue e leite.Que mais posso dizer?
Setembro é nosso. A primavera é nossa, mesmo com todos os trovões e raios, todo caos e lua.
Ainda vejo as flores no pote de barro. Você não vê, não sabe que se estivesse aqui seria uma aproximação de nossas realidades diferentes em meio a um temporal cintilante.


Mas você não veio.


NMV

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